Falam
que quando tu está em um relacionamento, tu tem que se doar ao
companheiro, ter paciência. Mas, realmente tu faz isso?
Eu trabalhava muito, meus plantões as vezes varavam madrugada à dentro, e
meu NAMORS sempre me esperava, morrendo de sono, mas estava lá. E não
tinha coisa melhor do que saber, que alguém estava me esperando chegar. Ouvia reclamar das coisas, e do meu cansaço, me deixava feliz, me
fazia rir das maiores bobeiras. Ele só estudava pela manhã, e tinha o
resto do dia pra me esperar.
Passou um tempo, larguei do trabalho, ele arrumou um, e começou a fazer
outro curso. Período integral na correria. Situação inverteu. Ele sempre
teve medo, que eu não tivesse paciência e me cansasse de espera-lo, não
aguentar a situação.
Eu não tiro a razão dele, paciência é algo raro em mim.
No decorrer dos dias, e dos acontecimentos, foi crescendo um medo
absurdamente ridículo em mim. Medo do cotidiano nos afastar. Dele se
interessar por alguém e me deixar. Comecei a implicar com tudo, falei
coisas sem nexo.
Mas
tenho umas coisas pra dizer: Eu sinto medo sim, porque quando a gente
encontra “O AMOR DA TUA VIDA” tu começa
a planejar e viver muita coisa com essa pessoa, tem medo que um dia isso acabe. Também entendi que a paciência que sempre julguei me faltar, e que de
fato faltou, sempre sobrou quando o assunto era ele. Tive a paciência de
esperar até a segurança tomar contar dele, tive a paciência de esperar
aquele primeiro beijo tão imaginado e sonhado por mim, tive paciência de
esperar pelo tempo dele estar pronto e começarmos a nossa história e
acima de tudo, a paciência de esperar por 24 anos pra saber que
finalmente encontrei a pessoa certa, no momento certo, essa pessoa era
ele. E a paciência que tanto me faltava, se tornou minha maior virtude,
por causa dele, sempre por ele.
Por Thaysa Costa e Felipe Mistrello