terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Quatorze







Tu chegou e mudou até o meu número da sorte, fez barulho e uma bagunça tremenda em mim, nas minhas coisas, no meu mundo. Bagunça jamais feita por alguém até aqui. Logo eu que sempre preservei o silêncio. Preciso te dizer que: odeio quando tu faz barulho demais, quando tu me pede pra esperar um pouco no telefone, e faz um barulho absurdo no aparelho. Odeio quando tu fica cantando no momento errado, e quando faz aqueles barulhos estranhos com a boca... A tua inquietação me irrita, quando tu não para em um lugar só, e ocupa todos os espaços da cama, quando tu reclama do lençol, da bagunça no guarda-roupa (...) Mas, definitivamente eu odeio mais ainda, quando tu fica ausente, quando tu não faz barulho, quando o silêncio ecoa em mim. E mesmo te odiando por 365 dias, eu te amo por 375. E observo minuciosamente cada detalhe seu, mesmo distante. Observo o modo como fala, o modo como briga comigo e o modo como me passa a certeza de que quero passar 383 anos ao seu lado. Repetindo as mesmas piadas que só nós iremos entender, repetindo as mesmas brincadeiras, os mesmos abraços e compartilhando os mesmos beijos todos os dias. Eu não tenho nenhuma noção de como será o futuro, mas o futuro só será bom se você estiver nele. Tenho a mania de compreender tudo sempre ao pensar, nunca ao ver, nunca espero tudo se esclarecer, tudo se encaixar, tudo se construir, tudo se modificar, tudo ficar perfeito com você.

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