terça-feira, 4 de março de 2014



  Não adianta fingir que consigo te enxergar
 pois já não consigo mais.
  Não adianta mentir que estou a te esperar
 porque não estou, nunca estive.
  Do mesmo modo que você nunca foi capaz de me adicionar nos teus enredos, eu nunca tive coragem de enfrentar os medos, de enfrentar nossos medos. Você nunca me contou teus segredos.
  O abismo mais profundo em que já estive, foi o teu mar de ilusão. O mar mais azul que já vi, foi o teu olhar,   e o teu olhar me fazia pensar em tudo aquilo que era bonito, em toda beleza que não vivemos.
  Saídas, existiam algumas, mas nunca fomos capaz de passar por elas, sempre tivemos medo do novo,  sempre tivemos medo do que estaria atrás do grande "nada" e descobrimos que o grande nada, éramos nós. 
  Assim nos tornamos apenas feixes de escuridão, se mesclando em outros pontos escuros, até encontrarmos aquilo que finalmente nos fará brilhar novamente.  

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