quarta-feira, 18 de abril de 2012

Janeiro, 2011


E, de repente, surge quem você menos espera; sua presença era mais comum e isso deixava meus dias mais alegres, mas a vida tem lá os seus momentos de (des)graça. E, de repente, quem antes era presente, felizmente e surpreendentemente, resolve ter saudades e não mais ser ausente; ao menos por hoje, por alguns minutos. Surpresa boa.

É complicado falar de saudade quando a gente sabe que o sentir é absurdamente pessoal, em todos os seus sentidos. Me dói e me alegra; bem antítese mesmo, quase um paradoxo. Com o auxílio de uma mão, enumero aqueles que fazem falta na minha vida, e sobram dedos. Você, minha grande amiga, que hoje resolveu surgir de repente, é o primeiro nome que listo quando penso em saudade, em falta, em querer comigo. Saudade com nome e sobrenome.

Sei que faço falta na sua vida. Não sei se no mesmo tom que você faz falta na minha, mas faço. Sei, ainda, que a nossa convivência, mesmo jamais tendo o tempo como aliado – muito menos a distância – nunca foi minimizada; conseguiria escrever um livro dos momentos que dividimos. Eu leria.

E, de repente, aquela saudade que eu já tinha aprendido a calar – ou fazer de conta que não escutava – resolveu encher os pulmões e gritar com toda força, lembrar que tá viva, que sempre esteve. O tempo que fez longos os dias sem tua presença, foi o mesmo que me fez acostumar com a sua falta, (in)felizmente.  E, de repente, toda a sensibilidade surgiu nas cores da sua voz, no som dos seus olhos... Assustando até quem jura me conhecer; e ninguém me conhece como você.

E, de repente, tenho vontade de te escrever qualquer sentimentalidade que você faz questão de frisar que não é a minha cara, mas sabe que é tão de verdade que fica sem palavras para retrucar. E, de repente, o tempo passa, curtinho e bem mais rápido do que eu queria; você precisa ser ausente outra vez. E leva com você todo o meu orgulho de te ter em minha vida; e deixa comigo a certeza de que sei-lá-quando iremos nos esbarrar novamente... Quando você sentir saudades e não mais querer ser ausente – sinta vontade de ficar – ainda que por pouco tempo. Continuo aqui.

“Levo essa saudade enquanto não posso te levar”

tita.

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